quarta-feira, 24 de março de 2010

O que é a Esquizofrenia?


A esquizofrenia é uma doença do cérebro que atinge uma em cada cem pessoas, independentemente da sua raça e cultura, constituindo um terrível custo para a sociedade. Essencialmente, esta doença interfere com a capacidade de uma pessoa pensar de uma forma clara, de lidar com as suas emoções, de tomar decisões e de se relacionar com os outros. Apesar dos grandes avanços da investigação sobre esta doença, ainda existem muitos mitos e incompreensões acerca desta forma de adoecer. Por isso, é de primordial importância que se esclareçam claramente esses factos que as ciências médicas e do comportamento nos têm trazido nos últimos anos.
O diagnóstico da esquizofrenia, como sucede com a maior parte das doenças do foro psiquiátrico, não se pode efectuar através da análise de parâmetros fisiológicos ou bioquímicos, resulta apenas da observação clínica cuidada das manifestações da doença ao longo do tempo. Quando é feito o diagnóstico, é importante que o médico exclua outras doenças ou condições que possam produzir sintomas psicóticos semelhantes (abuso de drogas, epilepsia, tumor cerebral ou alterações metabólicas). O diagnóstico da esquizofrenia é por vezes difícil.

A esquizofrenia é uma doença cerebral crónica, grave e debilitante. Embora a esta doença afecte homens e mulheres com idêntica frequência, ela aparece mais cedo nos homens (geralmente no fim da adolescência ou no início da idade adulta) do que nas mulheres, que são afectadas geralmente entre os 20 e os 30 anos de idade. Os doentes esquizofrénicos sofrem, frequentemente, de sintomas bizarros e assustadores - ouvem vozes não ouvidas pelos outros, acham que as outras pessoas lhes lêem a mente, que controlam os seus pensamentos ou que os querem prejudicar. Estes sintomas podem deixá-los assustados e retraídos. Os seus discursos e comportamentos podem ser de tal maneira confusos que se tornam incompreensíveis e ameaçadores para os outros. Há tratamentos disponíveis que podem aliviar muitos sintomas, mas a maioria dos doentes esquizofrénicos continua a sofrer de alguns sintomas durante toda a vida. Calcula-se que apenas 1 em cada 5 doentes recupera completamente. Apesar deste cenário, vivemos actualmente um período de esperança para as pessoas que sofrem de esquizofrenia e para as suas famílias. A investigação está a ser conduzida gradualmente no sentido de se descobrirem medicamentos novos e mais seguros e de se deslindar as causas complexas da doença.

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